"TODA VEZ QUE GANHO O MUNDO OS MEUS PROBLEMAS SE DISSIPAM. " (Paula Veit Quinan)





VAMOS VIAJAR???

Por ser uma amante do Planeta Terra, uma viajante inveterada, e me considerar muitas vezes uma cigana, já venho pensando há muito tempo em criar um blog para contar um pouco das minhas voltinhas por aí, pelo mundo afora! Sempre digo que tenho "rodinhas nos pés"... AMO VIAJAR! Para mim, conhecer lugares, culturas, pessoas e modos de viver diferentes, É O QUE HÁ!



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quinta-feira, 17 de maio de 2012

NIVER MADE IN MOROCCO

Há dias venho tentando encontrar tempo para organizar meus pensamentos, fotografias e anotações para escrever um pouquinho aqui sobre a minha incrível viagem de aniversário/2012, mas a "pauleira" tem sido tamanha que dentre tantos afazeres, a delícia de parar um pouquinho para mim e para falar do que gosto tem sido quase zero.
Mas aqui vou eu!
Vou começar e qualquer dia consigo finalizar o roteiro aqui no blog, pois os sentimentos e sensações vividas naquela terra distinta, curiosa e cheia de surpresas, jamais poderão ser definidos em palavras...
Portanto, sejamos, básicos! Mãos à obra!

Antes de tudo acho importante dizer que para conhecer bem o país, independentemente da região que se paneje desbravar, acredito ser importante a presença de um guia responsável e local.
A cultura é tão diferente que, para tentarmos entender e usufruir minimamente das riquezas marroquinas, é preciso de alguém que nos norteie e saiba de verdade a raiz e os porquês de tudo o que existe por lá.

Tenho aqui duas dicas valiosas para transmitir para vocês aqui no blog, pois contratar um guia local pode (e DEVE) acontecer diretamente com uma agência marroquina, pois as coisas ficam muito mais justas e interessantes em todos os aspectos, inclusive financeiros.
Chegando à Casablanca

Seguem as dicas de agências:
Guia: Hasan (foi o nosso guia e nos apaixonamos por ele)
Contato: Hasan
Língua: inglês, francês, árabe ou berbere
Website: www.cap-dunes.com
Telefone: +00212 661 19 44 52

Guia: Ismail (marroquino berbere)
Contato: Sandra Bibi
Língua: português, francês, árabe ou berbere
Website: www.trilhosalama.com
Telefone: +00351 932 555 597 ou +00212 65 955 77 77  

Um pouco de espera no aeroporto de Madrid/ES
Como chegar:
Existem algumas formas de se chegar até o Marrocos e nós escolhemos fazer um vôo de Guarulhos para Madrid via Tam Linhas Aéreas e da Espanha seguimos com a Royal Air Maroc até Casablanca.

- Até Madrid voamos 9h30
- Esperamos a conexão por 7h
- Voamos de Madrid à Casablanca por 1h20

TOP-TIP: sempre quando há esperas de vôos para embarque ou conexões, costumo comprar um bom vinho e pequenas delícias para dispersar e passar o tempo - isso faço geralmente nos retornos das viagens. Quando estou embarcando no início da viagem, rumo ao destino escolhido, procuro estudar a cultura local e buscar restaurantes e lugares imperdíveis a serem visitados. ISSO FAZ COM QUE A ESPERA SE TORNE ALGO EXTREMAMENTE AGRADÁVEL - e o clima de viagem vai contagiando cada partícula do nosso ser.

Nosso roteiro de viagem:
DIA 1 (04 de abril - meu niver):
Depois de todo o percurso para chegar à Casablanca, finalmente conseguimos arribar em terra firme e objetivada para comemorarmos o meu dia.
Chegamos já à noitinha na capital empresarial do Marrocos e também a maior cidade do país, fizemos check-in no HOTEL BARCELÓ, tomamos um banho, ganhei presentinhos e saímos para jantar num restaurante que simplesmente me apaixonei e super indico. O único problema foi que fiquei seriamente mal acostumada e o restante da viagem toda eu ficava pensando no quanto adorei o lugar, os pratos impecáveis, o vinho perfeito...
Ah, que delícia! Niver comemorado em grande estilo: RESTAURANTE BASMANE.

Comemorando meu niver no Restaurante Basmane (culinária típica marroquina)

DIA 2 (05 de abril):

- Ao acordar mais velhinha, tomamos o café da manhã e seguimos para à Mesquita Hassan II, uma obra majestosa, erguida com riqueza e grandiosidade, abrigando o segundo maior minarete do mundo, ficando atrás somente da mesquite de Meca.

- De lá seguimos pela orla em direção ao Shopping Morocco Mall, o maior do país, e no percurso passamos na “Casa Branca”, uma fortaleza militar construída à beira mar nos idos de 1515 e que deu o nome à maior cidade do Marrocos.

- Apesar de exaustos e esgotados, juntamos força para regressar ao hotel, tomar um banho rápido e dar um tapa no visual, pois havíamos reservado uma mesa num lugar próximo  para comemorar o dia.



OBS.: Em Casablanca nos transportamos 100% do que eles denominam de “petit-taxi”; uma frota antiga, composta de carrinhos pequenos e de cor vermelha, com motoristas que vão aceitando passageiros até que se preencha todas as vagas do veículo. O preço é muito bom, mas não se pode esquecer de combinar o valor da rodada antes de pular para dentro, sob pena de ser severamente extorquido no final.



A Mesquita Hassan II: gorgeous!

Em frente à Hassan II

- Dinner'n Music: Ao chegar ao SPASSO, um local que combina a mistura de bistrô, bar e baladinha, nem acreditei que estávamos mesmo num país de cultura islâmica. Num ritmo frenético, as pessoas se divertiam e conversavam alto tragando suas cervejas e cigarros, embalados pela música ao vivo de ritmo bem occidental. Fiquei embasbacada quando ouvi a cantora puxar um: “Brasil, meu Brasil brasileiro…” kkkkk… Isso é globalização minha gente!

DIA 3 (06 de abril):
Até aqui tudo havia sido perfeito, mas nem imaginávamos as surpresas maravilhosas que a viagem nos reservava, motivo pelo qual a consideramos a melhor de nossas vidas.
Na noite anterior, antes de dormir, interfonei para a recepção do hotel requisitando que nos despertassem às 8h, pois devido ao cansaço fiquei com medo de passar da hora… Acontece que o despertador não chamou e eu já cansada de dormir e esperar o telefone tocar, acordei para dar uma olhadinha no relógio e... Quase tive um siricotico quando vi que já eram 9h30!
Acontece que o nosso guia já nos aguardava juntamente com o Ronaldo – que se tornou um grande querido nosso – que seria o nosso companheiro de carro ao longo de toda a viagem; além de mais dois casais, que também tinham contratado um 4 X 4 com guia e que nos encontrariam para seguirmos viagem em comboio a partir de Fez… Nem imaginávamos o quanto iríamos ganhar amigos especiais: Gigi, Nelson, Denize, Emerson e Ronaldo; além dos guias Hassan e Ismail.
Na estrada!

- Partimos numa viagem terrestre rumo à cidade imperial de Fez por cerca de 4h com direito a uma paradinha para pip’s e comidinha.
- FEZ é a cidade marroquina que abriga a medina mais interessante do país: a MEDINA FES EL BALI, uma verdadeira babel de ruelas nos faz retroceder na história.
DIA 4 (07 de abril):
Vista da Medina Fes el Bali

Depois do café da manhã, partimos à mística e tão esperada caminhada pela Medina  Fes el Bali (maior cidade medieval islâmica ainda viva do mundo), onde vivemos um verdadeiro recuo em séculos de história, sentindo cheiros e sabores exóticos, ouvindo sons ecoando num labirinto de mais de 9 mil vielas.
São lujinhas, lujinhas e mais lujinhas! Delícia... heheheh :) Não perca a oportunidade de colocar em prática todas as habilidades de pechincha e negociação. Fiz compras inacreditáveis!
Exemplo: 
Eu: Quanto custa esse chaveiro?
Vendedor: 20 Dihrans!
Eu: Tudo isso? Ah, não! É muito caro?
Vendedor: Quanto a senhora quer pagar?
Eu: Quero cinco chaveiros por 20 Dihrans...
Vendedor: (cara de susto!) Ohhh... Jamais!
Eu: Ah... Então deixa... Muito obrigada!
Saio andando... e depois de 3 passos adiante, eis que vem o vendedor esbaforido... Oui Madam! Oui! Cinco chaveiros por 20 Dihrans!
IMPERDÍVEL NA MEDINA:
- Caminha horas e horas pelo Souk;
- Visita aos Curtumes;
- Visita à Universidade Karueein - a primeira universidade do mundo!
- Conhecer alguma fábrica manufatureira de tapetes e participar da confecção de algum, nem que seja somente com apenas um fio...
- Fotografar algum açougue que tenha a cabeça fresca de um dromedário abatido exposta;
- Fotografar portas, pessoas e lugares inusitados (tudo lá é inusitado!);
- Comprar amêndoas, figos secos, tâmaras, noz marroquina, damascos - faça um pacote bem grande, pois ele será uma salvação e te acompanhará pela viagem inteira...
Pic by me
Cabeça fresca de dromedário exposta no açougue (By Paula Quinan)
Tenda de nuts e frutas frescas. Delícia super recomendada! (By Paula Quinan)
Curtume
Fábrica que visitamos: a mais visitada de Fès!

Depois dessa verdadeira e inesquecível "viagem", partimos rumo ao Sul do país com direito a parada em IFRANE (a Suíça Marroquina) e na incrível FLORESTA DOS CEDROS onde nos misturamos aos seus distintos habitantes: os macacos selvagens!
Meu marido caminhando pela Floresta de Cedros

Em seguida, rumamos à MIDELT, onde pernoitamos e recebemos uma NOITE MARAVILHOSA, onde participamos de um banquete de casamento típico e impagável, quando experimente carne de dromedário (forte e escura), no Hotel Taddart (Para assistir vídeo do hotel, clique AQUI!)...
DIA 5 (08 de abril):
Para começar o dia bem, acordamos com a vista a seguir, que dispensa comentários:
Vista do Monte Atlas para o dia começar maravilhoso!

Tomamos um café da manhã rápido e seguimos em direção ao DESERTO.
NO PERCURSO:
- Passagem pelas GARGANTAS DO ZIZ;
- Almoço em casa Berber na cidade de Arfoud;
Obs.: aqui aproveitei para fazer henna nas mãos! Ir ao Marrocos e voltar sem as famosas pinturas é o mesmo que não ter ido...
- Passagem por ARFOUD, a última grande cidade antes de adentrar o deserto.

Jantar e alojamento no Chergui Kasbah-Hotel (SUPER INDICO!), charmoso e acolhedor, localizado no caminho de Arfoud para Erachidia - fomos brindados por uma roda de percussão estrelada pelos nossos guias Hassan e Ismail, juntamente com um dos funcionários do hotel. Foi um show!
= Informações sobre esse hotel que valem a pena:
CAMA: A cama era tão gostosa que dormi que nem um anjinho... Descanso merecido!
CHUVEIRO: show!

DIA 6 (09 de abril):
Depois do café da manhã partimos para desbravar o grandioso deserto, pontilhando algumas trilhas do famoso Paris-Dakar.
Dunas Erg Chebbi - as mais altas do Marrocos!
NO PERCURSO:
- Visita aos nômades que nos recepcionaram, como todo marroquino que se preze, com o famoso chá de menta;
- Visita à montanha dos fósseis;
- Almoço em casa típica;
- Passagem pela Vila de Khamlia, onde os negros berberes vindos do Sudão apresentaram sua música Gnawa e dançamos todos embalados pelo som dos batuques tribais.
Papeando e tomando o chá de menta na tenda nômade
 Na Vila Khamlia (Dar Gnawa Khamlia) 
Todos nós, embalados pela música Gnawa
Meninos berberes segurando seus fenics: os cachorrinhos do deserto

Ao chegarmos ao ponto da viagem onde sentiríamos o deserto com mais intensidade, quase que invadindo nosso ser, os dromedários já aguardavam para nos conduzir, juntamente com seu tuaregue, ao interior das dunas, quando sentimos pulsar o coração do Sahara, o maior deserto quente do mundo.
Chegamos ao alojamento de tendas onde dormiríamos, depois de passar 1h no lombo de um dromedário, numa caravana de sete malucos (kkk) sendo conduzidos pelo beduíno que, juntamente com seu companheiro, preparou em seus tajines um jantar dos deuses para os famintos...
Nas tendas do deserto onde pernoitamos.

Enquanto aguardávamos o rango ficamos papeando e tomando um bom vinho em torno da fogueira. Foi uma noite incrível!
"Nenhuma estrada, ninguém, silêncio total e, à noite,
um oceano de estrelas, estranhamente claro e brilhante". (Patricia Schultz) 

Obs.: se você tem "problemas" em dormir sem tomar banho, não deixe de levar um pacote caprichado de lenços umedecidos - foi o que eu fiz e me salvou! - pois o alojamento tem água somente para necessidades urgentes. Não se esqueça de que você está no DESERTO e água é artigo de luxo por aqui!

DIA 7 (10 de abril):
Regressamos até o local em que os nossos guias aguardavam com os 4x4 para seguirmos viagem, mas antes nos deliciamos com um café da manhã "farturento" e uma ducha para relembrarmos o valor de um bom banho!
Ainda no deserto, sentimos a adrenalina de subir e descer as dunas em alta velocidade, nos perdendo do outro grupo e até atolando o carro... kkk... Demais!
Maridão na boleia tentando salvar a trupe!

Rumamos à Rissani, tradicional vila no sul do Marrocos, com visita ao Souk com tradicional mercado de animais vivos.
Nos fartamos nas ervanárias, comprando temperos e cristais de mentol.
 Pic by me!

Em seguida partimos pela estrada desértica ao encontro das grandiosas Gargantas de Todra, onde tomamos um expresso e relaxamos ao som das águas que correm pelo relevo montanhoso.
Para pernoitar seguimos até Boumalne Dades, onde jantamos e nos alojamos no acolhedor Hotel Xaluca Dades.
- Obs.: aqui conseguimos executar uma das programações imperdíveis quando se vai ao Marrocos: fizemos o tradicional Hamman, também conhecido como banho turco, mas que no Marrocos é acompanhado de uma sessão de gomagem com pasta negra marroquina  seguida de massagem com óleo de argan.

DIA 8 (11 de abril):
Depois de um pequeno desjejum, rumamos às Gargantas de Dades, com direito a inúmeras paragens para fotografias e apreço da vista exuberante e muito exótica dessa zona do país.

NO PERCURSO:
- Passagem pelo Vale do Dades;
- Viagem pela estrada dos Mil Kasbah, pelo Vale das Rosas e pelo Palmeiral de Skoura;
- Almoço tradiocionalíssimo e delicioso, preparado nos tajines marroquinos.

Restante do dia utilizado no percurso até Ouarzazate, onde pernoitamos no Riad Dar Chamma.
Clique na imagem para aumentar

Obs.: Aqui decidimos pesquisar um restaurante fora do hotel e encontramos um lugarzinho precioso.
OUARZAZATE costuma ser uma cidade de "passagem" de quem vai ou volta do deserto... Mas acabou se tornando uma oportunidade que os marroquinos encontraram de mostrar seu lado "hollywodiano", colocando a disposição dos turistas a visitação aos seus estúdios e cenários cinematográficos. Mas não tem muito mais do que isso...
Nossas entradas para um dos maiores estúdios de Ouarzazate
DIA 9 (12 de abril):
Café da manhã no Riad e saída para conhecer os estúdios de hollywood marroquinos, onde se encontram os sets de filmagens de filmes estrelados como O Príncipe da Pérsia.
O povo é tão hospitaleiro que, logo na recepção do local, quando perguntei se teria como eles conseguirem para mim uma lista de todos os filmes norteamericanos gravados lá, de pronto me providenciaram tudo o que foi realizado através do Atlas Corporation Studios e aproveito o exemplo de solidariedade para também dividir aqui (NÃO TRADUZI):
- 1984/1985 - "The Jewel of the Nil" - de Lewis Teagui - com Michael Douglas e Kathleen Turner;
- 1986/1987 - "The Living Daylights" - de John Glen - com Timothy Dalton e Maryam D'abo;
- 1988 - "L'Ile au Tresor" - de Raol Ruiz - com Melvil Poupaud e Martin Landau;
- 1988/1989 - "Shehrazade" - de Pierre Gaspart - com Gerard Junio;
- 1989 - "Rêves des Princes" - com Maria Scheneider;
- 1993 - "Porte Close" - de Laktaa;
- 1994 - "Slave of Dreams" - de Robert Young - com Edward James e Sherilyn Fenn;
- 1994 - "Salomon and Sheba" - de Robert Young - com Hally Berry e Miquel Brown;
- 1994 - "L'Ombre du Pharaon" - de Souheil Ben Barka - com Ahmed Boulane e Adil Abdelwahab;
- 1995 - "Moses" - de Paul Young - com Frank Langella e Ben Kingsley;
- 1996 - "Kundun" - de Martin Scorsese - com Tenzin Thuthob e Gyurme Tethong;
- 1997 - "Le Jardin D'Eden" - de Alessandro D'Alatri - com Kim Rossi Stewart;
- 1997 - "Things I Forget to Remember" - de Olivier Enrique - com Ana Torrent e Olga Merediz;
- 1997 - "Le Legionnaire" - de Peter Mac Donald - com Jean Claude Van-Damme;
- 1998/1999 - "The Seventh Scroll" - de Kevin Connor - com Jeff Fahey e Wilfried Baasner;
- 1998 - "Time of Love" - de Giacomo Campiotti - com Juliet Aubrey;
- 1998 - "Cleopatra" - de Frank Roddam - com Billy Zane e Timothy Dalton;
- 1998/1999 - "Gladiator" - de Ridley Scott - com Connie Nielsen e Russel Crowe;
- 1999 - "King of Kings" - de Patty Lewis - com Spencer Prokop;
- 2000 - "In the Beginning" - de Kevin Connor - com Martin Landau e Jacqueline Bisset;
- 2000 - "Asterix & Obelix: mission Cleopatre" - de Alain Chabat - com Gerard Depardieu e Jamel Debbouze;
- 2001 - "Les Amants de Mogador" - de Souhain Ben Barka - com Max Von Sydow e Claude Rich;
- 2001 - "Les Rois Mages" - de Didier Bourbon - com Bernard Campan e Pascal Legitimus;
- 2001 - "Sueurs" - de Louis-Pascal Couvelaire;
- 2001 - "Apocalypses" - de Raffel Mertes - com Richard Harris;
- 2002 - "Ancient Egypte" - de Tony Mitchell - com Sisto Jeremy e Younes Megri;
- 2003 - "Kingdom of Heaven" - de Ridley Scott - com Orlando Bloom e Eva Green;
- 2005 - "Les Indigenes" - de Rachid Bouchareb - com Jamel Debbouz e Sami Naciri;
- 2005 - "Les Dix Commandements" - de Robert Dnhelm - com Omar Charif e Dugray Scoot;
- 2006/2007 - "The Prisioners of the Sun" - de Roger Christian - com Carmen Chaplen e David Charvet;
- 2007 - "Arn" - de Peter Flinth - com Joa Natterqvist e Sofia Helin;
- 2007 - "The Hills Have Eyes II" - de Wes Craven - com Cecile Breccia;
- 2008 - "The Passion of Christ" (TV mini séries) - de Michael Offer - com Joe Mawel e Ben Danels;
- 2008 - "The Greatest jorney of IBN Battutta" - de Bruce Neibaur - com Chems-Eddine Zinoune;
- 2008 - "Pope Joan" - de Sönke Wortmann - com Johan Goodman e David Wenham;
- 2009 - "Ben Hur" - de Steve Shill - com Joseph Morgan;
- 2009 - "The Way Back" - de Peter Weir - com Ed Harris e Coline Farrel;
- 2009 - "The Bible Project" - de David Betty;
- 2010 - "The Power of the Angels" - de Andrea Oster.

Em seguida, visitação guiada ao famoso Ksar de Ait-Ben-Haddou (ksar significa pequena vila fortificada), patrimônio da humanidade tombado pela UNESCO, que ocupa uma colina e nos remete à tempos imemoriais, pois era rota das caravanas que circulavam entre o deserto e Marrakech.
Para adentrar Ksar é preciso atravessar o Rio Ouarzazate, que no verão fica bem rasinho e pode ser atravessado à pé (foi como fizemos a travessia), mas dizem que no inverno o nível da água sobe com a chuva e o acesso fica impedido. Talvez por isso é que somente restam umas poucas famílias residindo no local e estas sobrevivem exclusivamente do turismo - cada pessoa precisa pagar 10 DR$ para entrar. 

Lá já foram legalmente gravados punhados de filmes famosos (A Múmia, por exemplo), ficando distante de Marrakech em 190 Km, mas as duas cidades ficam separadas pelas gélidas montanhas do Alto Atlas, e foi este percurso magnífico que atravessamos depois do almoço, com paradinha estratégica na fabriqueta de óleo de argan, bem no alto do Atlas... Um frio danado! Brrrrr...

E seguimos à Marrakech, com chegada memorável na imperdível Place Djemaa El Fna e jantar no preciosíssimo Restaurante Yacout*****, que nos remete à lendária história das Mil e Uma Noites, pela exuberância e riqueza do lugar - SUPER MEGA POWER RECOMENDO! Isto significa dizer: NÃO DEIXE DE IR ou VÁ DE QUALQUER JEITO!
Localizado num imóvel secular (200 anos) adornado com tapeçarias cobertas por pétalas de rosas e centenas de candelabros que abrigam velas e mais velas, conferindo um ar romântico e encantador...
Os sentidos são saciados o tempo inteiro!
Ao som das cítaras e leves batuques tipicamente marroquinos, acabamos descobrindo que os músicos extraordinários já tinham gravado um CD (e conseguimos comprar esse tesouro!)
Yacout é a palavra árabe que designa DIAMANTE.
Realmente, nenhuma outra palavra teria como traduzir a preciosidade desse lugar... Mágico!
Senti-me a própria Sherazade... 

DIA 10 (13 de abril):
Como bem asseverou Winston Churchill: "Se você tem só um dia para passar no Marrocos, passe-o em Marrakech" - ou seja, NÃO PERCA MARRAKECH! É a capital turística do país!
Aquela confusão de gente, souks, comidas, cobras, macacos, cheiros, cores e sabores é tão atraente que nos transporta para um mundo único e imperdível.
TOP TIP: PERCA-SE EM MARRAKECH! Caminhe sem rumo, abrace as ruelas, desbrave as "lujinhas"... Perca-se! Jogue-se!
Em Marrakech não deixe de:
- avistar o poente no terraço de algum bar ou restaurante que esteja localizado na Praça Djemaa El Fna;
- de comer em alguma barraca da mesma praça, onde a confusão e a balbúrdia chegam ao ápice - programa obrigatório!
- comer escargot - para quem gosta - nas barraquinhas que ficam na praça;
- de tirar uma fotografia com uma serpente e ser espoliado pelo dono da peçonhenta  logo em seguida (risos... é verdade!);
- de fazer uma visita GUIADA pela Medina antiga e seus souks - aproveito a oportunidade para indicar a MELHOR GUIA de turismo com a qual já tive contato! Aprendi coisas inimagináveis com Aziza, que conversou o tempo todo em português fluente e deu um show de história, Marrakech, Marrocos e islamismo.
Fiz questão de pegar os contatos da Aziza, para o caso de regressarmos ao Marrocos
(clique na imagem para aumentar!)
Em uma das barracas da Praça Djemaa El Fna
 Lojinhas...
Lojinhas...
E mais lojinhas!
Uy que medo!
Na tenda de scargots
Assistindo o pôr do sol no terraço do tradicional Café de France
DIA 11 (14 de abril):
Café da manha e traslado para o aeroporto de Casablanca, onde tomamos nosso voo de regresso ao Brasil.

Links úteis:
www.fashionaddictmarrakech.com
www.cntraveller.com/new/2010/october/jade-jaggers-insider-tips-to-marrakech
http://issuu.com/madeinmedina/docs/marrakech-novembre11
http://yala.fm/en/smartradios/new
www.madein-marrakech.com/fr/list/jai-envie-de-danser-ce-soir-1401.html
Informações importantes:
- Línguas faladas: árabe, francês, inglês (em alguns lugares) e berbere (na região do deserto).
- Religião: maioria muçulmana.
- Capital política do Marrocos: Rabat.
- Moeda marroquina: Dirham - 10 Dirhams equivalem a 1 Euro.
Vestimenta:
Como sempre diz a minha amada amiga Mishal, que mora há anos no Paquistão: "Em Roma como os romanos!"... E no Marrocos não poderia ser diferente, principalmente por se tratar de um país eminentemente islâmico/muçulmano.
Eu aconselho, principalmente as mulheres, que procurem se vestir com discrição, pois já somos diferentes demais deles e só por isso já chamamos muita atenção. 
Portanto, estar com a vestimenta adequada faz toda a diferença para que uma situação desconfortável seja evitada.
Eu praticamente só usei saias longas e roupas sem decote algum... Compondo o look com lenços e véus (dependendo do lugar onde visitávamos).
Aproveite para se sentir inserido culturalmente e, de quebra, seja aceito sem deixar de respeitar o povo e e os costumes locais.
Moeda:
Dihrans
Eu fiz câmbio no aeroporto Euro/Dihran porque soube que depois seria difícil encontrar casas para fazer a troca da moeda.
Sempre digo que, quando estamos num país, usar sua moeda é o mínimo que fazemos para conseguirmos uma boa receptividade.
Imagine você, trabalhando no seu negócio, e um gringo vem querer pagar por sua mercadoria ou por seu serviço na moeda dele. Fica difícil, né?
Afora o prejuízo que é sempre certo na hora de fazer o troco...
Então, eu preferi usar Dihrans durante a viagem pelo Marrocos, em hotéis e restaurantes eu passei cartão de crédito e somente fui fazer câmbio de novo em Marrakech.
Obrigatório:
Passaporte com validade mínima de 6 meses.
Comentário importante:
Os marroquinos são extremamente hospitaleiros e simpáticos e essas qualidades de um povo fazem com que uma viagem se torne ainda mais interessante e deliciosa.

4 comentários:

  1. Adorei as dicas Paula.... Sou encantada pelo Marrocos... Vou anotar e preparar as malas... Acho q vou amar...
    bjss,
    Lane.

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  2. Oi Lane, que legal vê-la por aqui! Obrigada pela visita!
    Estimo uma viagem maravilhosa para você, tenho certeza absoluta que você vai adorar.

    Aproveite e depois me conta tudo!
    Beijos e volte sempre!
    Paula

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  3. Perfeito! Nasceu uma vontade enorme de conhecer...

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  4. Olá Anne, seja bem vinda!

    Você irá amar... Esse lugar é apaixonante!
    E eu sou super suspeita, pois me encanto com lugares exóticos, nada óbvios...
    Se precisa de ajuda com o roteiro é só falar!
    Beijos e ótima viagem!

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Bonjour viajante, seu comentário é precioso! Volte sempre e obrigada pela participação!