"TODA VEZ QUE GANHO O MUNDO OS MEUS PROBLEMAS SE DISSIPAM. " (Paula Veit Quinan)





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Por ser uma amante do Planeta Terra, uma viajante inveterada, e me considerar muitas vezes uma cigana, já venho pensando há muito tempo em criar um blog para contar um pouco das minhas voltinhas por aí, pelo mundo afora! Sempre digo que tenho "rodinhas nos pés"... AMO VIAJAR! Para mim, conhecer lugares, culturas, pessoas e modos de viver diferentes, É O QUE HÁ!



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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

COMPARTILHE AS SUAS ANDANÇAS III: EGITO

Mais uma grande contribuição da minha amiga Sandra Jan para o Découvrante le Monde!

Por Sandra Batalha


Egito – O maior museu á céu aberto do mundo !

Minha experiência pelo Egito começa um ano antes da viagem, com as pesquisas que fazia sobre o País, que até hoje me fascina. 
Não vou me prender à história ou isso vai virar um livro!!  A intenção é compartilhar um pouco do que vi e vivi neste lugar mágico.

O mês escolhido foi Abril, pois o verão é mais ameno. 
Para esta viagem fiz um roteiro  para conhecer 8 cidades : Cairo/Sakara – Tebas/Luxor, Assuan – Sharm e Sheik e Alexandria  - e para isso contei com o apoio de uma agência local que disponibilizou  um carro com motorista e guia em todas as cidades para mim – inclusive durante o cruzeiro pelo Rio Nilo. 
Isso fez toda diferença!!

1a Parada: Cairo – A chegada na cidade foi um tanto chocante!  A primeira vista das pirâmides foi do avião e confesso que foi algo de tirar o fôlego!!
Chegando na  cidade outro choque:  a cor cinzenta fazia parecer com que todas as casas tinham a mesma  coloração, muita pobreza e muito movimento,  carros, buzina e nenhum farol ou faixa de pedestre !!  
O lixo também era algo que me impressionava, mas logo me lembrei de uma frase que gosto muito: “Tire de mim só o que for bom!" e lá fui eu para o hotel me preparar para a conhecer  as pirâmides de perto -  elas ficam no bairro Gizé. 
Esses monumentos grandiosos ficam bem próximos ao  centro e é um local muito seguro, como todos os pontos turísticos do Egito. Você passa por detectores de metais e tem muitos guardas armados no local (todos vestidos de preto e com um sueter de lã preto num sol de rachar mamona!! kkkk).
O guia me contou a história das pirâmides e as várias suposições de como elas teriam sido construídas. 
Eu  perdi o fôlego outra vez, e por um momento, voltei às aulas de história da Professora Cecília... mas logo fui acordada de minhas divagações por um menino que gritava atrás de mim: Kaká, Kaká, Ronaldo... Brazil !! 
E perguntava: Você conhece Ronaldo ??  Onde  está Ronaldo ??   
Com a sinceridade que os que me conhecem sabem bem, fui obrigada a dizer a verdade sobre a fase “fat” do famoso jogador…
O menino não ficou muito feliz e quis puxar assunto sobre Kaká, mas  o guia me salvou !! rssssssss e fui pagar o mico de tentar andar num camelo.

Depois de longa  negociação com dono do bicho, lá fui eu ...
Bem próximo, nos arredores do Cairo fica a Esfinge... que é linda !! Enorme !!   Nas proximidades da Esfinge fica o local onde eram feitos as mumificações – são várias câmaras onde os corpos eram preparados para eternidade, muito interessante os procedimentos – o guia me explicava e eu viajava ainda mais imaginando a cena de se tirar o cérebro pelo nariz... Sinistro !!

Ainda nos arredores do Cairo, a  próxima parada foi em Saqqara – É  um sítio arqueológico  e concentra várias estatuas e sarcófagos descobertos na região: Mas o que mais me impressionou  foi a estátua de Alexandre, O grande... Ele era um gato!!! kkk... Corpo forte !! Pernas torneadas...  Opssss... rss
É impressionate como estas estátuas são perfeitas! Fiquei  imaginando como elas teriam sido feitas com tanta perfeiçao e com ferramentas tão precárias.

De volta ao Cairo é hora de conhecer a parte Islâmica do País, com suas mesquitas cheias de simbolismos.
Para entrar nas mesquitas você deve tirar os sapatos e cobrir o corpo. As mesquitas que ainda estão em atividade oferecem uma galabea – espécie de túnica que vc veste por cima da roupa para cobrir, braços, pernas e cabelos. Visitei umas duas ou três muito antigas  e todas impressionam pelo tamanho e arquitetura caprichada. 
Visitei também igrejas cristãs e notei que tanto muçulmanos quanto cristãos são muito fervorosos – a fé no Egito é muito evidente. 

Bem, chega de fé, vamos às compras:
O Bazar Kan Khalili é um mercado com milhares de lojas onde  se vende de temperos a jóias, e andar por seus labirintos e mergulhar no passado é simplesmente uma viagem.
Tem vários cafés que servem o famoso Tchai, narguiles  e deliciosos sucos naturais. 
O guia me levou à escola de arte onde se ensina a arte dos papiros, explica como é feito e você pode sair de lá com um autêntico, já que alguns são feitos de bananeiras.
Visitei também uma fábrica de perfumes e de tapetes onde meninos de 10 anos teciam tão rápido que meus olhos não conseguiam acompanhar - tem peça que leva de 6 a 8 meses para ficar pronta, e agora entendo seus preços.

Chega de Cairo é hora de pegar trem para Assuan   -  A  estação não tinha  glamour, mas as cabines eram  confortáveis.
Chegando em Assuan fui direto para porto pegar o barco – O Cruzeiro foi uma maneira de conhecer a essência deste País encantador. 
As margens  são cheias de verde, de vida !  É impressionante o contraste do deserto com margens do rio...
Conforme o barco vai deslizando pelo Rio Nilo,  vai parando nos principais pontos turísticos onde as ruínas estão mais conservadas, mas antes da partida fiz um pequeno passeio de feluca (barco típico egípcio) e vi que em todos os lugares têm resquícios da antiguidade – pedras esculpidas, desenhos retratando o cotidiano das várias dinastias, ruínas de templos, colossos etc.  

Vou destacar os que mais me impressionaram:
Em Luxor e Tebas  - Templo de Luxor é um dos antigos monumentos egípcios mais impressionantes – fica as margens do Nilo, no coraçao da Luxor moderna  e um bom exemplo da arquitetura faraônica dos templos, foi consagrado à tríade Tebana – Amon, Mut, Khonsu – a obra foi grande parte terminada pelo Faraó  Amenofós III, da 18ª dinastia e como se precisasse,  ganhou acréscimos no Reinado de Ramsés II, na 19ª Dinastia.
Não contente, Alexandre, O Grande, também reformou o  puxadinho, mas sem alterar o projeto original. 
Em frente a este templo tem uma rua ladeada por esfinges e ao lado, uma  praça que à noite lota de crianças jogando bola, enquanto seus pais fazem piquenique e deixam seu lixo espalhados... Affffffff
O templo à noite fica todo iluminado e ainda mais bonito . As ruas próximas são cheias de cafés, lojas e tem uma feirinha muito colorida.

O vale dos Reis e das Rainhas – é um local imenso e montanhoso onde se encontram mais ou menos 60  tumulos e sarcófagos, muitos ainda sendo descobertos e outros tantoss sendo restaurado.  Dentre eles, os de Tutancâmon, Seti I, Tutmes III, Ramsés IV, Amenofis II...
A entrada é autorizada, mas é proibido fotografar, para não danificar pintura colorida feita há milenios, algumas paredes são até protegidas por vidros – voltei às aulas de história mais uma vez.

Outro lugar que gostei - o  Templo de Hatshepsut – Incrustado num cenário montanhoso, quase todo escavado na rocha. 
O templo mortuário da Rainha Hatshepsut foi projetado na Dinastia XVIII. As escavaçoes ainda estão em andamento e revelam decorações suntuosas. Ao lado deste templo tem também as ruínas do Templo de Mentunhotep II que governou na XXI Dinastia e do templo de Tutmés III, da XVIII Dinastia.

Próximo à Luxor fica um importante sitio arqueológico: Karnak – onde fica o Templo de Amon – consagrado ao rei dos deuses com intermináveis salões, estátuas colossais e um enorme lago sagrado - a complexidade deste templo é fascinante; começou na 11º Dinastia, mas vários faraós fizeram suas modificaçoes a fim de deixar sua marca no templo mais importante do País. 
Estima-se que 80 mil homens trabalharam como operários, empregados, guardas, sacerdotes e criados no local.
O templo ficou enterrado na areia por mais de mil anos e começou a ser descoberto no Século XIX e até hoje está sendo explorado e restaurado – aliás, na maioria dos lugares que visitei encontrei equipes de arqueólogos escavando e promovendo restaurações - o Egito é, sem dúvida, o maior museu a céu aberto do mundo – muitas histórias ainda sairão de lá.   
É impossivel conhecer o templo em apenas um dia, é muito grande e tem muita história, mas à noite são apresentados shows de luzes que contam a história do templo  – Imperdível !!


Outro coisa que recomendo é o PASSEIO DE BALÃO sobre a área rural de Luxor – O guia me pegou no hotel e tomamos café no barco – atravessamos o Nilo e descemos na outra margem, de lá vamos de carro até o ponto de decolagem dos balões – ver o nascer do sol lá de cima é algo indescritível. 

De lá, da ver o Vale dos Reis  e o Vale Verde, próximo às margens do Nilo – o contraste é muito grande entre o verde e o cinza.  
O balão passeia sobre  vilas de agricultores e de lá se vê a real condição social predominante no País. 
Achei muito interessante ver camas fora das casas e pessoas dormindo  – imagino que seja devido ao calor.


Na volta do passeio visitamos os Colossos de Memmon –  Na margen oeste do Nilo.

Próxima parada: Sharm El Sheik  - O caminho é longo e a paisagem desértica, visual que era modificado, às vezes, por pastoras com rebanho de ovelhas comendo "nãoseioque", pois só tinha pedra e areia até onde os meus olhos conseguiam ver.
Mas depois de longas horas e muita areia... eis que vislumbro o mar !!
Sharm é a Las Vegas do Egito – uma Vegas com mar, é claro - e fica à beira do Mar Vermelho (que tem a água mais azul que já vi em toda a minha vida !!) – a maioria dos Resorts são também cassinos – dá pra acreditar ??
Sharm é a típica cidade praiana – onde as tradições Islâmicas não são tão evidentes – a não se pelo piloto do barco que parou no meio do mar colocou, tapetinho virado pra meca e fez as suas orações sagradas.

O Mar Vermelho (que não tem nada de vermelho, é azulzinho... rss) é um dos lugares preferidos dos mergulhadores, pois têm corais “exclusivos”, que só se encontram lá e onde têm corais, têm peixes coloridos, lindos !!  E até golfinhos. 

O mar é tão  encantador que “tive" que beber um pouco  durante mergulho... kkkkk... 
O passeio dura o dia todo  e o barco para às margens dos  penhascos e você tem um tempo para nadar e curtir o visual .
Sharm fica na divisa do Egito com Jordânia e já que é logo ali... que tal um pulinho em Petra ??
A viagem até o porto é de van – lá voce passa pela imigração, pega um barco e atravessa o Golfo de Aqqaba, chegando à Jordânia em menos de uma hora – de lá vamos de ônibus até Aqqaba e Petra – onde visitamos a famosa Cidade de Pedra, almoçamos num charmoso hotel à beira de um penhasco e voltamos à Sharm. Pulinho mesmo !!


De Sharm, a próxima parada é em Alexandria – Segunda maior cidade do Egito e também tem muita história para contar nos museus Greco-Romanoa, Cavafy, Belas Artes, da Joalheria Real,  aqui cabe um “(“ lugar onde minha amiga Paula Jan ia ter um infarto do dedo anelar!!, fecho “)” catacumbas de  Kom Ash-Shuqqafa, Anfiteatro Romano, dentre outros...

Mas os pontos mais visitados são a famosa biblioteca com sua arquitetura moderna e sua riqueza cultural, o Montazah Palace que fica em um grande jardim voltado para o litoral – foi erguida no Século XX pelo Quediva Abbas II, parente do Rei Faruk e mistura arquitetura turca e fiorentina – o palácio não é aberto a visitação, mas você pode curtir o parque, a praia e os simpáticos cafés, ou ainda se hospedar no luxuoso As-Salamlek Hotel, que fica praticamente dentro do mar, deixando claro que, capitalismo também dá o ar da graça por lá. 
Saindo pela beira-mar, você pode conhecer o Sofitel Alex Cecil Hotel, que foi erguido sobre o local onde, diz-se que Cleopatra VII cometeu o suicídio. 



Continuando pela beira-mar  tem  o Fort Qaitbey que foi o mais bem conservado de todos os que vi... Talvez por ser um dos mais novos, pois foi construído no ano de 1.480 pelo Sultão Qaitbey, que usou as pedra do farol como base – dentro é possível ver relíquias de navios das batalhas marítimas romanas e napoleônicas. 

Do castelo se tem uma bela vista de Alexandria e do Mar Mediterrâneo, que eu particularmente AMO!!  

E para fechar com chave de ouro você deve curtir  o pôr-do-sol que é de arrepiar...



Egito é, sem dúvida nenhuma, um lugar para voltar mais  vezes...

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