Lamentável...

Estivemos recentemente na charmosa cidadezinha de Pirenópolis, no estado de Goiás, local conhecido pela hospitalidade, super energia e "cachus" maravilhosas...

Ocorre que um fato no mínimo intrigante nos ocorreu por lá.

Não me recordo de ter passado por algo sequer parecido em toda a minha vida. 

Surreal mesmo!

Buscando ambientes legais para jantar com um casal de amigos, ouvimos falar de um restaurante super gostosinho chamado Montserrat e para lá fomos nós.

Tivemos uma noite deliciosa, os pratos estavam ótimos o papo estava maravilhoso... 

Até que decidimos voltar para a pousada.

Saindo pela porta do restaurante, lá nos aguardava o proprietário e Chef do local, senhor Juan.

Eu crente crente que ele estava nos esperando para agradecer a presença e estimar que voltássemos... etc... etc... etc... Aquelas hospitalidades comuns de pessoas adeptas à civilidade e tal...

Maaaaaasss, porém, contudo, todavia, entretanto... Quando menos esperamos recebemos os xingamentos e maus tratos mais alucinados que já presenciei. Não me lembro sinceramente de ter visto nada parecido.

O senhor nos xingou literalmente, em alto e bom tom, chamando-nos de "palhaços"e outras coisinhas mais, para dizer o mínimo.

O fundamento dele para reproduzir essa baixaria insana foi o fato de que nossos veículos estavam estacionados na beira do rio, em uma calçada, próximo de onde fica o restaurante que é bem afastadinho do centro e num local escuro e com poucas vagas disponíveis.

Sem querer tirar a minha responsabilidade, de forma alguma! Não haveria problema algum se o referido senhor nos exortasse em nossa mesa, enquanto jantávamos, a retirar nossos veículos de lá.

Mas isso com CIVILIDADE e EDUCAÇÃO, como mandam as boas regras de convívio humano.

Mas não, depois de deixarmos quase R$ 400 em seu restaurante, depois de termos desfrutado de uma noite deliciosa, esse senhor teve a capacidade de GRITAR, BERRAR, XINGAR e NOS TRATAR COMO ANIMAIS SELVAGENS, ameaçando partir para a ignorância, ou seja, para a "porrada"... Pelo simples fato de termos colocado o carro num local onde sequer havia placa de proibido estacionar e que, antes de qualquer coisa, poderíamos ter retirado SEM PROBLEMA NENHUM, com um simples pedido gentil e civilizado.

Ok! Eu precisava desabafar aqui! Eu precisava comunicar aqui, publicamente, exercendo meu direito constitucional de expressar meus pensamentos e sentimentos sobre fatos verdadeiros (apesar de inacreditáveis) e devidamente presenciados por pessoas "normais", que convivem civilizadamente no seu dia a dia de brasileiro trabalhador.

Para resumir, fiquei tão sem ação no momento em que as coisas que estavam se desencadeando, que entrei numa crise de tremedeira intensa, minha garganta fez um nó gigante e não consegui falar nada durante os quase 10 minutos que durou a gritaria. E no final de tudo eu consegui emitir em tom normal, sem qualquer entonação na voz: "É assim que o senhor trata os seus clientes? Pois isso se tornará público, vou colocar na nossa ferramenta fundamental de divulgação pública o que aconteceu aqui hoje!"

Eis-me aqui para cumprir a minha promessa, afinal, coisas assim não poderiam passar batido até porque eu demorei 32 anos para vivenciar algo tão incrível (que não se pode crer, que não é crível).

Obrigada por me pemitirem o desabafo, eu amo a internet!

Super beijo,

Paula Veit Quinan

Em tempo: apenas para não restar dúvidas de que estávamos em nosso perfeito estado de consciência, como estou lactante, não estou ingerindo nenhum tipo de bebida alcóolica e, para manter o companheirismo, meu marido tem se mantido longe dos alcóolicos também. Assim, nem sequer tomamos o vinhozinho costumeiro de quando saímos para jantar.